18ª edição - Setembro
Nesta edição: Uma nova forma de produzir cartilagem, Cápsula para amostragem de líquidos, Equipamento para tratamento da dor crónica, Tratamento baseado em sinais inflamatórios para para LPA
Avanços Científicos
Uma nova forma de produzir cartilagem humana
Numa pesquisa feita pela universidade de Montana foi desenvolvido um novo método capaz de produzir cartilagem humana da cabeça e do pescoço. Esta cartilagem craniofacial é feita a partir de células estaminais, que têm a capacidade de se renovarem e diferenciarem em diferentes tipos de células.
A produção de cartilagem no laboratório pode levar ao desenvolvimento de tratamentos eficazes de reparação na cartilagem craniofacial danificada.
Estudaram também dados de expressão genética ao nível do RNA e de proteínas com o objetivo de descobrir como é que as células cartilaginosas surgem a partir de células-estaminais. Revelaram que as células estaminais comunicam nos estados iniciais para se tornarem cartilagem elástica, que constitui os ouvidos humanos.
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Cápsula que permite a amostragem de líquidos em espaços confinados
Cientistas da Universidade Vanderbilt, em Nashville, EUA, desenvolveram uma nova tecnologia que utiliza cápsulas macias à escala milimétrica para a amostragem e recolha de líquidos corporais em espaços confinados, como por exemplo em ductos pancreáticos. As cápsulas são feitas de uma combinação de hidrogel e elastómero, e são controladas por campos magnéticos externos, o que permite sua navegação ágil em áreas de difícil acesso, podendo ser introduzidas e retiradas com recurso a cateteres finos. Estas cápsulas apresentam a capacidade de coletar e selar amostras de líquidos, como o sangue, o suco pancreático e outros mucos, ricos em informações biomédicas de grande relevância. Esta inovação abre caminho para o desenvolvimento de biópsias líquidas minimamente invasivas, ajudando na deteção precoce de doenças, como o cancro, e na monitorização da saúde geral.
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Novo equipamento usa ultrassons para o tratamento da dor crónica
A universidade de Utah desenvolveu um novo equipamento, o Diadem, que usa ultrassons para tratar a dor crónica ao atingir regiões profundas do cérebro. Este equipamento atua de uma forma não invasiva, com o objetivo de interromper os sinais associados à dor crónica.
Neste estudo participaram 20 pessoas com dor crónica, em que experimentaram o Diadem, com ou sem ultrassons, por 40 minutos em duas sessões. Sessenta por cento dos pacientes que usaram ultrassons revelaram ter tido uma significativa redução da dor.
A equipa está a preparar a fase 3 do estudo clínico com o objetivo de obter aprovação da FDA e assim ser possível o uso do Diadem para a população em geral.
O estudo, liderado por Ernest Fraenkel, professor na área de Saúde e Tecnologia do MIT e autor sénior do estudo, foi recentemente publicado na Nature Communications.
O próximo passo para a equipa do MIT é investigar mais estas regiões genómicas e ver como elas podem impulsionar diferentes aspectos da progressão da ELA em diferentes subconjuntos de pacientes. Isso poderia ajudar os cientistas a desenvolver medicamentos que possam funcionar em diferentes grupos de pacientes e ajudá-los a identificar quais pacientes devem ser escolhidos para ensaios clínicos desses medicamentos, com base em marcadores genéticos ou epigenéticos.
Tratamento baseado em sinais inflamatórios para lesão pulmonar aguda na disseção aguda da aorta tipo A
A lesão pulmonar aguda (LPA) é uma complicação grave no tratamento da disseção aguda da aorta tipo A (DAA-TA). Utilizando uma grande base de dados, aplicou-se inteligência artificial para classificar os pacientes com base nos seus resultados e respostas ao tratamento.
Um algoritmo avançado (extreme gradient boosting) foi utilizado para criar um modelo que prevê o risco de LPA. Oito fatores principais (leucócitos, plaquetas, hemoglobina, excesso de base, idade, creatinina, glicose e tamanho do ventrículo esquerdo) foram usados para criar e validar o modelo de risco, que demonstrou boa capacidade de previsão.
Este modelo de estratificação de risco, impulsionado por inteligência artificial, foi validado e mostrou que diferentes pacientes podem beneficiar de tratamentos anti-inflamatórios personalizados, dependendo do seu nível de risco de LPA.
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