Novidades Científicas
Um novo projeto de prótese pode restituir as sensações naturais do membro
Há alguns anos atrás, uma equipa de investigação do laboratório de Neuro engenharia da ETH Zurich ganhou alto destaque pela inovadora prótese que desenvolveram, que permitia que o utilizador sentisse estímulos provenientes desta prótese. Tudo isto foi conseguido através de elétrodos implantados na coxa do paciente e que estavam conectados ao nervo ciático.
Esta ligação elétrica permite que o cérebro comunique com a neuroprótese, o que possibilita, por exemplo, que o utilizador sinta as mudanças de pressão na sola do pé enquanto caminha. Tudo isto, permitiu que os indivíduos desenvolvessem sensações naturais, o que levou a um aumento da confiança na prótese e a um aumento na velocidade de locomoção, especialmente em terrenos mais desafiantes.
Para gerar estes sinais biomiméticos foi desenvolvido um modelo computacional chamado FootSim, que se baseia em dados sobre a atividade dos mecanorrecetores na sola dos pés quando diferentes zonas do pé são tocadas com uma barra vibratória.
Graças a este estudo, foi possível observar que a estimulação biomimética era melhor que a estimulação variante no tempo normal, uma vez que os indivíduos em estudo conseguiram subir lanços de escadas num menor período de tempo e cometeram menos erros quando, durante a subida das escadas, lhes foi pedido para soletrar as palavras em ordem inversa.
A equipa acredita que isto é um passo importante para mostrar que, em geral, para dispositivos biomédicos que interajam diretamente com o sistema nervoso, é importante que se tente ao máximo simular o estado natural, pois este diminui a fadiga de interpretação de novos mecanismos pelo cérebro.
Mais informações [1]
Influência de fármacos para a disfunção erétil na prevenção do Alzheimer
Vários estudos ao longo dos anos têm apontado para uma relação entre a redução do risco da doença de Alzheimer e a toma de fármacos para tratar a disfunção erétil. Um novo estudo britânico com cerca de 670,000 homens, revela que homens que estão a passar por este tipo de tratamento pode ter um risco de Alzheimer menor que aqueles que não tomam este tipo de fármacos.
Desde os anos 90 que esta relação tem sido apontada e há vários estudos realizados nesse âmbito. Fármacos deste género aumentam o fluxo sanguíneo para os tecidos eréteis do pénis, ao prevenir o desgaste de uma molécula sinalizadora, a cGMP, associada ao relaxamento do músculo liso do órgão.
A relação concreta destes fármacos ao Alzheimer ainda não é muito explícita, havendo apenas alguns mecanismos potenciais propostos. A maioria destas propostas associa o aumento do fluxo de sangue em todos os vasos a diferentes efeitos. As propostas mais aceites são: a possibilidade que o aumento do fluxo sanguíneo reduzir o peso da doença; o aumento do fluxo sanguíneo impedir a acumulação de proteínas associadas ao Alzheimer; a conservação da cGMP pode estimular a ligação entre sinapses.
Apesar de todas estas teorias e relações, não existem estudos que comprovem esta relação direta, havendo ainda a dúvida presente se tudo isto é realmente relacionado ou apenas uma coincidência.
Mais informações [1]
Novas técnicas de Ressonância Magnética podem ajudar a diminuir o tempo do procedimento
Um novo método com base em Inteligência Artificial desenvolvido por engenheiros da Universidade de Monash pode ajudar a que uma ressonância magnética de corpo inteiro dure apenas 5 minutos.
No estudo publicado pela equipa, mostram que a metodologia que introduziram produz imagens de clínicas de alta qualidade em tempo recorde. Em média um exame de ressonância magnética pode demorar cerca de 60 minutos dependendo do tamanho da zona em análise. Esta nova técnica conseguiu completar exames quase 10 vezes mais rápido que a tecnologia atual.
Se validação posterior deste método se mostrar bem sucedida, é bem provável que venha a ser implementado nos serviços, de modo a reduzir os tempos de espera e a sobrecarga dos serviços de diagnóstico. Isto é particularmente importante em situações de doentes de risco, uma vez que permite que o tratamento nestes casos seja mais rápido, aumentando as chances de um tratamento bem sucedido.
Apesar dos resultados fantásticos apresentados para este modelo, ainda é necessário mais comprovação objetiva, pelo que vários estudos foram propostos após este lançamento para comprovar a validade e eficácia deste método.
Mais informações [1]